quarta-feira, 13 de abril de 2011

No Norte de Minas


As igrejas são um capítulo a parte em Minas

O quinto dia da IV Caminhada Neco Mineiro – Sorocaba-Canudos - foi espetacular.
Saímos de Formiga, ainda sul, e chegamos em Curvelo. Sertão. Primeira cidade do Norte de Minas. “Somos sertanejos”, diz a mineira Ana Maria, que nos passou a informação com a firmeza de quem conhece a geografia local.
“O povo não gosta de ouvir isso porque estamos perto da Capital, mas aqui é sertão. Somos sertanejos da primeira cidade do norte de Minas”, ensina.
Grande dia
Pela primeira vez na IV Caminhada conseguimos atingir o alvo pretendido: Curvelo. Levantamos cedo, seis e meia, e sete e pouco já estávamos na estrada.  Perdemos até  o sinal para o contato com a rádio [Jovem Pan].
Foram 8 caronas, hoje: o marceneiro Geraldo; o pedreiro Edir da Silva; o Jéferson, filho do dono de uma empresa de terraplenagem; o aposentado Zé Teixeira, que também tem duas patrols e arruma estradas; o engenheiro florestal Djalma Luciano; o administrador de obras que já trabalhou em Angola (África) Djanir Alves; o técnico agrícola que virou empresário na área de formação de eucalipto e o também formador de eucalipto [mas empregado] Creuso Cordeiro.
No total, desde o primeiro dia, computamos hoje a 37ª caronas.
Pura bondade
Os mineiros estão se revelando muito bons. A grande maioria está esticando o caminho, fazendo o maior esforço, e nos deixando sempre na saída para próxima cidade.
Cortars cidades a pé é muito ruim. É difícil pegar carona. Essas esticadas que os queridos mineiros estão dando estão sendo de grande valia.
Amanhã cedo partiremos com destino a Montes Claros. Sexta queremos dormir na Bahia.
Acompanhe, comente e divulgue essa aventura, que tem o apoio da Rádio Jovem Pan e o patrocínio do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.
A internet já chegou em Minas, em todos os lugares que hospedamos existe o serviço sem fio, mas a tradição, junto com a corrça e o cavalo continua viva. 

terça-feira, 12 de abril de 2011

Transpondo as serras

 Chegamos a Formiga, interiorzão de Minas Gerais, depois de 4 dias da Caminhada Neco Mineiro – Sorocaba-Canudos. A região, para os olhos, é um espetáculo. Por todos os lados que você olha é serra. Mas em compensação, para as pernas, a região é um martírio. Além das curvas e o sobe e desce dos morros, a BR 369 não tem acostamento, o que dificulta a carona.
A serra da Boa Esperança é um colírio para os olhos, mas um sofrimento para os pés

Tirando cansaço, o 4º dia da IV Caminhada Neco Mineiro foi muito bom.
Foram seis caronas, todas dadas com muito carinho. Giovani, Wesley, Soel, Wando, Luciel e Reginaldo foram, na sequencia, os colaboradores de hoje.
Desde o primeiro dia, sábado, já conquistamos 27 caronas.
Amanhã partiremos cedo. Nossa missão e chegar a Curvelo, já no norte de Minas.
Solidariedade
O dia de hoje foi por demais cansativo, mas contamos com alguns atos de apoio e solidariedade. Os pescadores Cláudio e João Batista, por exemplo, não ficaram nem um pouco preocupados em dividir a água que tinham para passar o dia pescando no rio Grande [lago de Furnas] sob a ponte da Boa Esperança.
“Levem, vocês não podem ficar sem [água], a gente dá um jeito”, disse Cláudio ao repartir a água que tinha.
Uma grande parcela dos motoristas também tem sido solidária em mudar seus trajetos para nos deixar em pontos melhores para caminhar.
O vendedor Reginaldo, de Formigas, foi o último solidário desse quarto dia. Ele fez questão de nos deixar na porta do hotel onde nos hospedamos.

O reconhecimento
Por onde passamos, a aventura também tem chamado a atenção. O gesseiro Welesy, por exemplo, parou numa curva perigosa para nos dar carona. “O que vocês fazem todo mundo gostaria de fazer, por isso fiz questão de parar. Um dia ainda que faço uma aventura”, disse o rapaz, de 23 anos, morador de Boa Esperança.
Por hoje é só. O cansaço está de mais. Ainda temos que jantar e amanhã partiremos cedo.
Falta de acostamento na BR 369 aumenta risco e diminui possibilidade de carona

segunda-feira, 11 de abril de 2011

As belezas das Gerais

Fim de tarde de segunda-feira  e fim do terceiro dia da IV Caminhada Neco Mineiro – Sorocaba-Canudos -. Estamos em Campos  Gerais, sul de Minas; uma cidadezinha pacata, no sopé da serra das Gerais.
Região montanhosa, mas muito bonita. As lavouras de café se misturam com as reservas de mata e as pastagens, que cobrem os morros e morros.

Sul de Minais guarda casarões antigos. Na foto um deles no município de Botelhos

O dia hoje foi cansativo, cheio de imprevistos e a andança pouco rendeu. Perdemos o cartão do banco e só pudemos sair de Botelhos, onde dormimos, às 10h30.
Hoje foram só três caronas e apenas uns 100 km rodados.  Andamos hoje -  a pé, uns 20 km desse total. Estamos completamente moídos.

Dona Laura [ que nos serviu água gelada] é uma colhedora de café que mora na zona rural [de Divisa Nova-MG]. A maioria dos roceiros da região virou bóia-fia; as antigas colônias das fazendas estão abandonadas


domingo, 10 de abril de 2011

De partida para o segundo dia

Bom dia....domingo, 10 de abril, 7h30min. Estamos pronto para o segundo dia da IV Caminhada Neco Mineiro - Sorocaba-Canudos.

Depois de um dia cansativo e uns paus na internet, dormimos bem no hotel Tangará, em Sumaré. Agora vamos cortar um trecho considerado ermo até Paulínea.

Abraços a todos e até o fim da tarde com a cobertura completa da andança deste domingão de sol.
No primeiro dia caminhamos uns 15 quilômetros e contamos com nove caronas

sábado, 9 de abril de 2011

Caminhada chega a Sumaré

Olá, primeiro dia da IV Caminhada Neco Mineiro – Sorocaba-Canudos. Nove caronas e estamos em Sumaré, região de Campinas.  Dia cansativo. Estamos exaustos. Mas bem maior que o cansaço foi o divertimento do dia.
Saída da rua Moreira César

Da Moreira César [praça Nove de Julho]até o retiro São João foi no chinelo. Ali o motorista Cláudio Teles nos deixou no Éden. Ele ia até metade do caminho, mas esticou até o Éden. “Vou colaborar com essa aventura”.
O motorista Cláudio Teles; primeira carona
O executivo da Telebrasil  Denilson Roque apareceu 2 km depois e nos levou até a Castelo Branco.

O frentista Tiago foi o próximo, menos de 1 km da última carona. O trecho foi uns 2 km;
depois apareceu o Sócrates. Rarararararaara. O cara, debochado e bebedor de cerveja, parecia lembrava bastante o doutor. Ia pra Itu. Ele mudou um pouco a rota, e nos deixou na altura da estrada do parque do Varvito. Ah,
Ali trabalha a Maria da Árvore. A moça fixou ponto de oferta de sexo às margens da rodovia.
Mais uns 2 km para Sério Apolinário, administrador em área de transporte no Grupo GA. Nos deixou em Indaiatuba.
Resolvemos cortar a cidade e “num apelo” Fábio Zimbom [ele faz rodízio de piza em domicílio] atendeu pedido e nos deixou no trevo para Monte Mor.
As mochilas não foras às costas, já apareceu o motorista Hélio Aparecido, que também mudou um pouco seu roteiro e nos deixou no centro de Monte Mor. Ao ouvir: muito o obrigado, o senhor passou na hora certo. “Eu não, foi esse aqui”, disse apontando para o céu e relevando que não costuma dar carona.

Aí veio um Ciferal. O que é um Ciferal. Um ônibus. Estava vazio  e o Elzio não falava nada. Mas corridas feito o cão.
Acabamos de descer e parou o motorista Evandro Izidoro e gráfico Abner Leite. Já nos conhecíamos. Tínhamos vistos minutos antes num bar na saída de Monte Mor para Sumaré.
Agora hora do jantar; até amanhã.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Tudo pronto

Neste sábado, às 9h da manhã, partiremos de Sorocaba com destino a Canudos, no norte da Bahia, na IV Caminhada Neco Mineiro. Está tudo pronto, ou melhor, quase tudo. Ainda falta arrumar a matula.

Mas antes da largada, gostaria de agradecer a todos, que de uma forma ou de outra, estão colaborando para que este projeto seja realizado.

Um agredecimento especial, porém, à diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região, pelo patrocínio, e para a diretoria da Rádio Jovem Pan, que abriu espaço para que pudéssemos viabilizar a aventura.

Relato

Estou cansado antes da saída. rs. Levantei às 7h da manhã e não parei até agora, quase 21 horas. Mas estou feliz e muito ansioso para a partida. Espero poder dormir bem, sem pesadelos, para acordar bem disposto para o primeiro dia de caminhada.

Peço aos amigos que ajudem a divulgar a nossa empreitada e que torçam para que tudo corra bem.

Abraços e até amanhã de manhã nos 91,1 da Jovem Pan.

Jesus Vicente e Reinaldo Oliveira
Os caminheiros

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Caminhada Neco Mineiro começa sábado

A dupla de aventureiros Jesus Vicente e Reinaldo Oliveira parte na manhã deste sábado (9) da rua Moreira César, centro de Sorocaba, com destino a Canudos, cidade histórica no noroeste baiano.
Esta é a quarta aventura do gênero da dupla, que leva o nome de Caminhada Neco Mineiro. A última caminhada da dupla foi em abril de 2007, quando os aventureiros percorreram os 1,6 mil quilômetros entre Araçariguama e Asunción, no Paraguay, em dez dias com a ajuda de 49 caronas.
Os caminheiros partem a pé às 9h deste sábado da rua Moreira César e vão contar com a sorte das coronas para percorrer os mais de 2,5 mil quilômetros que separam Sorocaba de Canudos em 12 dias de aventura.
“Vamos sair a pé em direção ao Éden, Itu, Campinas, Mogi Mirim, Mococa e vamos embora, sempre contanto com a ajuda das caronas”, explica o jornalista Jesus Vicente.
Araxá, Pato de Minas, Januária, Carinhanha, Bom Jesus da Lapa, Iraquara, Cafarnaum, Jacobina e Senhor do Bom Fim formam a base do roteiro, “mas isso pode mudar muito. Numa viagem a pé e de carona a todo instante você está vivendo o inesperado, inclusive com a alteração do roteiro”, diz Reinaldo Oliveira.
Reinaldo caminha por trecho de terra da  BR 153 perto de Tibaji, PR 

Quarta vez
Sorocaba-Canudos é a quarta edição da Caminhada Neco Mineiro, que começou em 2001. Naquele ano a dupla foi de Tapiraí (SP) a Palmas, no Tocantins, em 14 dias de caminhada e a ajuda de 36 caronas.
Na virada do ano de 2003 para 2004 os aventureiros foram de Sorocaba a Mafra (SC) em uma semana de andança e a ajuda de 18 caronas. Em 2007 a caminhada se tornou internacional – Araçariguama-Asunción – com passagem por Andresito, Wanda e Puerto Iguazu, na Argentina.
A escolha de Canudos para a quarta aventura se deu devido ao valor histórico da cidade e à vontade que conhecer o interior do nordeste.
Neco Mineiro.
A aventura, que chega agora na sua quarta edição, homenageia o caboclo Manoel Moreira Castilho, avô paterno do jornalista Jesus Vicente.

Avesso à montaria, meio de transporte número um dos caboclos da roça, Neco Mineiro, como era conhecido, percorria léguas e léguas a pé para visitar os filhos e netos.
Por esse motivo, Jesus Vicente resolveu homenagear o avô em 2001. Como o passeio foi um sucesso, a aventura será realizada pela quarta vez.


Trecho deserto no município de Campina da Loga, no Paraná; um dia sem carona














Canudos e Conselheiro

Antônio Vicente Mendes Maciel nasceu em 13 março de 1830 em Quixeramobim, pequeno povoado perdido no meio da caatinga cearense. Filho de familia mediana, desde seu nascimento seus pais queriam que Antônio seguisse a carreira sacerdotal.
Mas com a morte de sua mãe, quando ele tinha apenas anos, a meta de transformar Antônio Vicente em padre se acaba. Seu pai se casa novamente e o menino teria sofrido maus tratos da madastra.
Em 1855, quando tinha 25 anos, Antônio perde o pai e é obrigado a abandonar os estudos e assumir o comércio da família.
Os  negócios não vão bem e mais tarde Antônio é processado devido ao não-pagamento de dívidas.
Ao 27 anos Antônio se casa com Brasilina Laurentina de Lima,  sua prima. Com um ano de casado eles se mudam para Sobral e Antônio Vicente passa a viver como professor e mais tarde como advogado prático.
Em 1861 ele flagra Brasilina, em casa, lhe traindo com um sargento da polícia. Envergonhado, humilhado e abatido, abandona a cidade de Ipu, onde vivia, e procura abrigo nos sertões do Cariri, onde começa  suas peregrinações pelo Nordeste.
Em 1874 o jornal O Rabudo faz a primeira menção pública de Antônio Maciel, citando-o como “aventureiro santarrão [...] figura mais degrante do mundo”.
Dois anos depois Antônio já reúne fama como "homem santo" e ganha o apelido de  Antônio Conselheiro. Neste período é preso sob acusação falsa de que teria matado a mãe e a esposa. A falsidade se confirma e Conselheiro é posto em liberdade e retorna à Bahia.
Nesta época Conselheiro também intensifica suas peregrinações por todo o Nordeste e passar a reformar e construir cemitérios e igrejas.
Em 1893, cansado das peregrinações e tido com um "fora da lei", Conselheiro fixa-se à margem norte do rio Vaza-Barris, num pequeno arraial chamado Canudos. Em menos de 5 décadas, atraídos por sua fama e pelo novo modelo de sociedade, onde não se cobrava impostos, Canudos reuniu aproximadamente 25 mil pessoas, passando a ser a terceira maior cidade da Bahia.
Batizado de Belo Monte, todos da comunidade tinham acesso à terra e ao trabalho sem sofrer a opressão dos capatazes das fazendas tradicionais. Um "lugar santo", segundo os seus adeptos.
Os fazendeiros, a Igreja e o Estado vêem seus poderes ameaçados e começam a se articular em busca de uma "solução" ao problema.
A Gerra
Em 24 de dezembro de 1886 ocorre o episódio que desencadeia a Guerra de Canudos. O Exércio manda a primeira expedição militar ao local, sob comando do tenente Pires Ferreira. Mas a tropa é surpreendida pelo homens de Conselheiro, durante a madrugada, em Uauá, cidade vizinha.
O confronto deixou mais de 150 Conselheiristas mortos. Mesmo somando apenas dez baixas [8 soldados e 2 guias] o tenente Pires bateu em retirada.
Cinco dias depois uma segunda expedição militar vai a Canudos. Assim como a primeira, esta expedição foi violentamente debelada pelos Conselheiristas.
O ano segunte começa com a terceira expedição contra Canudos, comandada desta vez pelo capitão Antônio Moreira César, conhecido com o Corta-Cabeças", por suas façanhas na Revolução Federalista no Rio Grande do Sul.
Acostumado aos combates tradicionais, Moreira César não estava preparado para enfrentar Canudos. Ele foi morto a tiros assim que chegou ao arraial. A tropa foge em debandada, deixando para trás farto armamento e munição.
Em 5 e abril de 1897 tem início a quarta e última expedição contra Canudos; desta vez o cerco foi implacável. O Exército  Brasileiro usou artilharia pesada, mobilizou mais de 5 mil homens e seis meses depois Canudos era totalmente destruída e todos os seus habitantes mortos. 

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Começa confecção do uniforme

Começou no início da tarde desta segunda-feira a confecção do uniforme da IV Caminhada Neco Mineiro, um aventura realizada pela primeira vez em 2001 pelos caminheiros Reinaldo Oliveira e Jesus Vicente.

Nesta quarta edição os caminheiros prometem ir a pé, com a ajuda de caronas, de Sorocaba até Canudos, no norte da Bahia.

A previsão é de que o trajeto de mais de 2 mil quilômetros seja percorrido entre dez e doze dias.

Na última caminhada - em 2007 - a dupla percorreu os 1,6 mil quilômetros que separam Araçariguama a Asunción, no Paraguay, em dez dias com a ajuda de 49 caronas.

Como surgiu

As caminhadas Neco Mineiro surgiram em 2001, quando decidimos viajar de Tapiraí (SP) a Palmas, no Tocantins, a pé e de carona. Foram 14 dias de caminhada e ajuda de 36 caronas.

A aventura, que chega agora na sua quarta edição, homenageia o caboclo Manoel Moreira Castilho, avô paterno do jornalista Jesus Vicente.
Avesso à montaria, meio de transporte número um dos caboclos da roça, Neco Mineiro, como era conhecido, percorria léguas e léguas a pé para visitar os filhos e netos.
Por esse motivo, Jesus Vicente resolveu homenagear o avô em 2001. Como o passeio foi um sucesso, a aventura será realizada pela quarta vez.

Arte [Lucas Delgado] da camiseta que será usada na IV Caminhada Neco Mineriro

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Negociações adiantadas

As negociações sobre a viablização da IV Caminhada Neco Mineiro - Sorocaba-Canudos - estão adiantadas. A tendência é que na próxima segunda-feira os uniformes começam a ser confeccionados.

Se tudo correr bem, nos próximos dias estaremos partindo da rua Moreira César, centro de Sorocaba, com destino a Canudos, no norte da Bahia.

São aproxidamente 2 mil quilômetros entre as duas cidades que deverão ser percorridos em aproximadamente dez dias de caminhada com ajuda de dezenas de caronas.

Carinhanha, Bom Jesus da Lapa e Chapada Diamantina estão no roteiro.

Na última caminhada, realizada em abril de 2007, fomos de Araçariguama até Assunción, no Paraguay, com passagem pela Argentina, em dez dias de andança e com a ajuda de 49 caronas.



Os caminheiros Jesus Vicente e Reinaldo Oliveira, no município de Capanema, Brasil,  caminham em direção a Andresito, na Argentina, no 6° dia da III Caminhada Neco Mineiro - abril de 2007